Mulheres têm menos engajamento nas redes sociais, segundo estudos; e homens têm mais benefícios profissionais na divulgação de suas ideias e negócios
A internet pode ser um poimo meio de divulgação de um trabalho, através das redes sociais. No entanto, o engajamento não é homogêneo, uma vez que o conteúdo de um executivo, por exemplo, é mais relevante que o de uma colega. Além disso, as redes sociais podem fazer conexões com potenciais parceiros, clientes e empregadores. Entenda ao longo deste artigo porque isso ocorre com as mulheres.
Mas, a partir de poucos cliques é possível alterar este cenário, o que começaria a desafiar a tendência da sociedade de olhar mais para os homens em busca de conhecimentos especializados.
De acordo com o empresário catarinense Ernesto Heinzelmann, um engajamento social inteligente pode proporcionar benefícios duradouros para organizações, indivíduos e para a sociedade. E por que não, gerar uma equidade entre homens e mulheres?
Mulheres têm menos engajamento nas redes sociais
Um estudo de 2019 conduzido por pesquisadores de grandes universidades americanas revela que, apesar de as mulheres especialistas em determinadas áreas terem um número semelhante de postagens no X (antigo Twitter) ao dos seus colegas homens e sigam um número semelhante de pessoas, elas tinham, em média, metade do número de seguidores. Já os especialistas homens também tinham quase o dobro de curtidas e compartilhamentos.
Postagens ignoradas
Além disso, muitas mulheres veem suas postagens sendo ignoradas, enquanto os posts de seus colegas, que abordam os mesmos temas, são compartilhados nas redes.
Homens têm mais benefícios profissionais ao usar as redes
Sendo assim, é notável que os homens parecem obter maiores ganhos profissionais com a sua presença nas mídias sociais. Em uma pesquisa de 2021, médicos relataram receber mais oportunidades de palestras e pesquisas como resultado do uso das mídias sociais do que as médicas.
Mas afinal de contas por que existe essa diferença? Parte do problema é que os homens são vistos como autoridade em nossa sociedade. Neste caso, muitos homens ainda se consideram na posição de quem conhece por padrão. Ou seja, a pessoa que fornece informações, correções e dá explicações com autoridade. Enquanto isso, as mulheres não são vistas da mesma maneira.
Mais visibilidade às mulheres nas redes sociais
Um meio importante de mudar essas percepções é dar maior visibilidade ao conhecimento das mulheres. Se elas fossem apresentadas como especialistas nos feeds com mais frequência, suas experiências poderiam ser consideradas tão valiosas quanto às dos homens e, consequentemente, serão compartilhadas por um maior número de usuários.
Porém, para isso, os empregadores devem aumentar a visibilidade das suas profissionais em todos os níveis, compartilhando as suas postagens nas redes sociais, nos canais corporativos oficiais. Por sua vez, os usuários também devem reconhecer essa disparidade e seguir e compartilhar mais ativamente as postagens de mulheres.
Medo de críticas
Entretanto, muitas mulheres optam por não postar sobre determinados assuntos por medo de receberem críticas. Para resolver essa questão, as redes sociais precisam cumprir os padrões da sua comunidade. Não é difícil encontrar postagens que contém ódio e misoginia que violam as regras nas principais plataformas. Por isso é de extrema importância que haja denúncia de postagens que violem as regras de determinada mídia social. Mas, a plataforma deve ser rigorosa em suas apurações e punir com eficácia para que isso não ocorra mais.
Mas há uma luz no fim do túnel que consiste em começar a corrigir a menor visibilidade das mulheres especialistas nas redes sociais a partir da prática de seguir mais mulheres hoje e compartilhar os posts interessantes para você.
Por fim, se cada um fizer a sua parte será possível brecar essa tendência de que apenas os homens sejam vistos como autoridades.
Fonte: Foto de prostooleh na Freepik