Transformar vidas através da arte em Defesa da Cultura e Economia Criativa; projeto foi lançado na Alesp na terça-feira (7), para discutir políticas públicas para projetos e programas direcionados à preservação, promoção, fomento e incentivo da área cultural paulista
Criar caminhos para que a arte encontre cada vez mais pessoas e transforme realidades nos municípios paulistas. Este é o objetivo da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura e Economia Criativa, lançada na terça-feira (7), na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. A iniciativa é da deputada Leci Brandão (PCdoB) e conta com o apoio de outros 33 parlamentares das mais diversas legendas partidárias.
Transformar vidas através da arte
Além disso, para transformar vidas através da arte, o grupo pretende realizar levantamentos e avaliações sobre a aplicabilidade da política governamental para o setor, dos projetos e programas direcionados à preservação, promoção, fomento e incentivo da cultura paulista.
Segundo a deputada Leci Brandão:
“Fico muito feliz de poder, mais uma vez, lançar essa Frente aqui na Casa. Ela conta com mais de 30 assinaturas de deputados progressistas e também de outros com caminhos ideológicos diferentes, mas que entendem que a Cultura é fundamental. Você só pode considerar que um país se importa com o seu povo de verdade quando ele desenvolve iniciativas nas áreas culturais. Nosso mandato sempre teve essa preocupação.”
Ela ainda acrescentou que a Cultura é muito vasta e que São Paulo tem caminhos para todo o tipo de arte. “Esperamos que a criação desse grupo fortaleça ainda mais a Cultura do Estado de São Paulo”.
R$ 232 bilhões
Segundo dados do Observatório Itaú Cultural, as atividades culturais e as indústrias criativas do País representaram 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB), totalizando R$ 232 bilhões, o que corresponde a um crescimento de 78% entre 2012 e 2020.
Atualmente, são mais de 130 mil empresas criativas no Brasil, impulsionando a economia, gerando emprego para mais de 7 milhões de pessoas em inúmeros setores, como: artesanato, moda, cinema, arquitetura, desenvolvimento de softwares, jogos digitais, design, entre outros.
Participação
Thobias da Vai-Vai, presidente de honra da escola de samba paulistana e há mais de 40 anos atuando na área cultural, estava entre os participantes do evento. Ele lembrou da importância econômica do apoio a movimentos culturais. “Um evento como esse, aqui na Alesp, tem muita relevância. Esperamos que a arte, em todas as suas formas, seja valorizada. Nós fazemos parte disso, seja cantando, atuando, dançando, escrevendo, enfim. O povo brasileiro é muito rico culturalmente”, disse ele. “Com a Frente, teremos um olhar dos parlamentares sobre onde a Cultura colabora com o desenvolvimento do Estado. A economia criativa gera empregos, renda e ela precisa girar”, apontou o sambista.
ONU
O impulso criativo gerou uma indústria própria e demonstra, na prática, o seu poder transformador. Não à toa, 2021 foi declarado o Ano Internacional da Economia Criativa para o Desenvolvimento Sustentável pela Organização das Nações Unidas (ONU).
*Foto: Reprodução/Bruno Ferraz – Google Maps