Centro Nacional de Arqueologia é vinculado ao Departamento de Ações Estratégicas e Intersetoriais, do Iphan e responsável por administrar o Patrimônio Arqueológico
O Patrimônio Cultural Brasileiro celebrou na terça-feira (7), 15 anos de trajetória do Centro Nacional de Arqueologia (CNA). A unidade é vinculada ao Departamento de Ações Estratégicas e Intersetoriais (DAEI) do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
15 anos do Centro Nacional de Arqueologia
As comemorações dos 15 anos do Centro Nacional de Arqueologia ocorrem em duas etapas. Na terça, foi exibido o filme sobre a arqueóloga Niède Guidon, mundialmente reconhecida por seu trabalho de preservação da Serra Capivara, no Piauí, e ainda contou com a participação do diretor da película, Tiago Tambelli. A segunda fase ocorre nesta sexta (10), com o debate entre servidores sobre temas relacionados ao trabalho do Centro na gestão e preservação do patrimônio arqueólogico.
Criação do CNA
Através do Decreto nº 6.844, o CNA elabora políticas e estratégias para a gestão desse patrimônio, além de modernizar os instrumentos normativos e de acompanhamento das pesquisas arqueológicas. Além disso, ele também é responsável:
- pelas competências integradas ao cadastro de sítios arqueológicos; dialogoar com a sociedade civil para construir e aprimorar os instrumentos de gestão deste patrimônio;
- fiscalização;
- autorização de pesquisas arqueológicas;
- autorização de movimentação de bens;
- análises de projetos de socialização e conservação; e
- instrução de processos de tombamento e de reconhecimento internacional de bens arqueológicos.
Coordenações
Dentro da unidade há quatro coordenações e um serviço, divididas da seguinte forma:
- Direção, Coordenação de Proteção e Normatização (CPRON);
- Coordenação de Identificação e Reconhecimento (COIR);
- Coordenação de Socialização e Conservação (COSOC);
- Coordenação de Articulação e Gerenciamento de Dados (CAGED);
- e o Serviço de Registro e Cadastro de Dados (SREC).
Composição do Centro Nacional de Arqueologia
A equipe do CNA é composta de 24 profissionais, entre arqueólogas e arqueólogos, analistas de geoprocessamento, analistas ambientais e apoios administrativos. E não para por aí, uma vez que no Centro também já se trata a representividade com solidez, sendo metade das chefias mulheres e, das quatro coordenações, duas são chefiadas por pessoas negras.
A diretora do CNA, Jeanne Cristina Menezes, explica que a unidade prioriza a democracia, bem como representatividades étnico-raciais e de gênero, com o intuito de gerar paridade racial e de gênero para acesso de servidoras e servidores a cargos e funções de livre nomeação.
A partir da autorização de 28 mil pesquisas em todo o Brasil, em 15 de anos de trajetória, e todas analisadas por arqueólogos do Iphan, resultou na criação de mais de 37 mil sítios arqueológicos, hoje cadastrados e disponíveis no site do Iphan.
Coleções
A maior parte das coleções localizadas nestes sítios arqueológicos foi destinada a 290 instituições inseridas no Cadastro Nacional de Instituições de Guarda e Pesquisa de Bens Arqueológicos – CNIGP, mantido pelo CNA.
Outro fato importante dentro desses 15 anos de trajetória do Centro é o reconhecimento de pesquisas arqueológicas, através do Prêmio Luiz de Castro Faria. São 12 anos premiando monografias, dissertações, teses e artigos. Por fim, é preciso destacar que todo esse trabalho é feito em conjunto com as 27 superintendências e demais unidades do Iphan.
*Foto: Reprodução/Google Maps